quinta-feira, março 12, 2009

Ontem foi dia U!

Assim como o Natal, o dia U é quando um Ultra quiser, mas o que é factual é que a certa altura o “onze do três” ficou na história como o dia U.
Por esta ocasião e em honra não se sabe bem do quê, para comemorar, além da nossa existência, nada, é costume uns quantos jovens (que já foram mais, quer em juventude, quer em número), juntarem-se num agradável convívio.
Assim, lembrei-me que há um ano escrevi sobre esta efeméride e a sua génese. O texto que vos trago à lembrança não ganhou nem uma ruga desde o dia em que foi escrito, ao contrário de nós, os ditos jovens. Tinha um bocadinho de pó porque não o arrumei como deve ser, mas depois de uma sopradela e os espirros consequentes, aqui está:


Hoje é dia U (”Onze do três!”)

O dia dos Ultras foi uma ideia já nem sei de quem, já nem sei há quanto tempo, nascida numa descontraída noite de 11 de Março, no seio de um grupo de jovens sonhadores, que se encontravam na altura num estado de psicose colectiva, provocada maioritariamente pela concentração excessiva de álcool no sangue, mas também pelo clima de euforia e regozijo que caracterizava as “reuniões” daquele grupo de tertulianos.
Alguém proferiu, sem ter consciência momentânea da importância do que estava a ventilar, entre soluços e o andar cambaleante: “Epah, tive uma ideia: a partir de hoje o dia 11 de Março passa a ser o dia dos Ultras!”. Ora dizer isto no clima que se vivia, foi o mesmo que atiçar um doberman com raiva a um grupo de adeptos afectos a uma qualquer claque, possuidores de estupefacientes e com paus nas mãos (fui longe demais na analogia eu sei…) Logo a seguir alguém completou: “Yah, a partir de hoje, no dia 11 de Março temos de nos juntar e fazemos uma granda jantarada, seja onde for que estejamos…” O carácter definitivo da coisa ficou selado, quando houve quem dissesse: “Epah, mas isto tem de ser mesmo a sério e para sempre!” Obviamente que tudo parecia fácil na altura e fizeram-se promessas de cumprir o estipulado, como se de uma lei divina se tratasse.
Os anos foram passando… Nos primeiros aniversários ainda foi fácil juntar o núcleo duro (Eu o Roy e o Bicas, porque o Gandalf já era complicado convencer a vir…) e houve até indivíduos que não faziam parte da formação inicial e que ampliaram o grupo em determinados jantares (o Panqueca, o Lelo, o Varela, não sei se o Barradas e o Claide Zéi não chegaram a vir também, entre outros Ultras…)
Mesmo já no tempo da faculdade, cada um para seu lado e às vezes do mesmo lado, íamos conseguindo sempre juntar-nos. Umas vezes éramos mais, outras vezes éramos menos, mas o espírito era o mesmo, o da fraternidade. O objectivo era o mesmo: o convívio e a partilha uns dos outros, do que éramos, do que queríamos ser, com quem e onde, entre outras interrogações com mais ou menos sentido (cada vez menos com o aproximar do alvorecer), que surgiam entre a bruma da madrugada que nos ia envolvendo…
Depois, a vida despreocupada e ocupada só com sonhos, criatividade e ilusão foi acabando e chegou a ocupação, a objectividade, o material… E tornou-se cada vez mais complicado reunir os Ultras. Ok, o jantar não pode ser dia 11, será no fim-de-semana seguinte, tudo bem. O jantar realizava-se na mesma e não havia espiga.
O ano passado, por exemplo, o jantar foi para aí um mês depois, já meio descaracterizado, mas foi fixe na mesma, claro!
Hoje em dia a chama do dia U está fraca, é verdade, mas continua a resistir a tempestades e vendavais e nem que seja outra vez daqui a um mês, havemos de ir jantar ao Príncipe, pelo menos o Roy, eu e o Bicas… “Ó Zé Manel, encomenda mas é os bichos que os Ultras vão aí…” Não sabem quando, não sabem quantos, não sabem quais, mas hão-de ir!
O futuro do dia U é uma incógnita, mas desconfio que enquanto houver amizade entre nós, vai haver pelo menos um telefonema a lembrar a data, nem que seja da China.

Ultras?!”

Depois de reler o texto, queria apenas referir, para além de que está muito bem escrito, que o ano passado o jantar se realizou no sítio do costume e para além do núcleo duro (eu, o Bicas e o Roy), vieram também o Zé Luis, o Varela e o Panqueca… Epah, se me estiver a esquecer de alguém, acusem-se por favor. Foi um belíssimo evento, do qual apenas há um registo fotográfico no telemóvel do gordo, detentor de um único megapixel, logo impossível de publicar aqui, …
Assim, este ano, tudo aponta para que no próximo Sábado, no mesmo sítio, se reúnam os do costume, os do ano passado e quem mais queira vir e engrossar o naipe de personalidades Ultra.

Abraço a toda a família Ultraniana (what ever that means).

2 comentários:

Anónimo disse...

Venho por este meio mostrar o meu desagrado pois foi toda a rapaziada mencionada menos o paulo.
Que se encontrou pesente nesse jantar e com uma foto de grupo para comprovar.

rogerAjacto disse...

Porra pah, não me digas!
Peço mil desculpas, tens toda a legitimidade para te indignares.

Um abraço!