quinta-feira, novembro 23, 2006

Miradouro de Luz

O alinhamento descuidadamente perfeito

Dos lares que jazem na luz nacarada

Reclusa ocasional dos olhos ébrios

Do transeunte que desliza satisfeito;


O brilho adivinhado de um rio,

Um caudal de preces e promessas

Rasgado pela frieza distinta do aço,

Enquanto a figura promete um abraço;


Um castelo iluminado à força

Com a luz de glórias de outrora,

Com lampiões sujos de agora

Que reclamam o trono ao astro;

O astro encoberto sem estranheza,

Saudosa a sua calorosa frieza

Aquece, ilumina e exalta

Doutrina que à noite não faz falta.

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