segunda-feira, dezembro 10, 2007

Quero a noite?

O bafo frio do dragão na escuridão

A silhueta negra da azinheira seca

Num índigo alvorecer húmido

A energia que passa entubada

E o protelado orgasmo que surge

Agora, inesperado, sujo talvez.

A energia, agora concentrada

Já amarela, clara, quase iluminada

Ela que ilumina, agora encandeada

O dos deuses néctar, derramado

No relevo, ingénuo e incauto

Pronto a ser absorvido, devorado

Também o bafo do dragão agora espalhado,

Agora aquecido e iluminado

Estáticas imagens que se revelam

Na velocidade do macadame negro

Agora iluminado, espalhado e esvanecem-se

E a seca azinheira, mais seca agora

E a entubada energia e o dia!

Já é dia, é dia!

Quero a noite?